sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Soneto de um quadro negro

Socalcos
de água negra
que escorre ao encontro
de uma vereda.

Rubros troncos
fontes do líquido
amargamente doce
do negro espírito.

Folhas que caiem
com sede de vida
são punhais que planam

numa obscura viagem
com sentença lida
a todos os que amam.

(Madeira 1999)

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