Era como se me rissem
Um sorriso de facas
Ao humor de espinhos
De um cravo indesejado
Era como se me vissem
Um tanto louco e deslumbrado
Ao sabor de vinhos
De um homem de pecado
Era como se me ouvissem
Um tanto louco e tonto
Ao ranger dos moinhos
De um homem embriagado
Era como se me tocassem
Um excerto de requiem
Ao longo dos caminhos
De um vale inesperado
Era como se me cheirassem
Um temor inato
Ao qual cedo
Entre um
E outros tantos
O sebo da minha alma
Que lhes faça proveito, digo eu
Que a mim
Não fará falta
(Madeira, 21 de Agosto 2009)
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
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